Olá, nobres amigos! Conforme prometido, venho aqui fazer um relato sobre minha primeira vez de mesário nestas ereções broxantes que tivemos. Não se esqueçam de que você tem que desencanar de toda essa toxicidade que está ao nosso redor, principalmente com relação à política. Não importa quem ganhou, a trolha vai entrar, o único porém do que ganhou é que o nabo vai entrar logo e nosso tempo é curto para nos preparar e nos fortalecer.
Fique com essa mensagem no seu coração: cuide bem de você e de seus próximos. Seja uma pessoa melhor, estude, trabalhe, faça uma renda extra. Livre-se da mídia, desta extrema imprensa, e de todas as bobagens que nos circundam e nos bombardeiam de ansiedade. Livre-se das bombas de dopamina que o ((())) enfiam em sua goela. Tenham consciência de que este mundo não é pra nós. Eu vivenciei isto da pior forma possível.
Dito isto, deixe eu começar a escrever meu relato do primeiro dia deste ser de mesário aqui. Ao invés de ser convocado, me inscrevi voluntariamente com o intuito de ganhar os dias de folga que se tem direito. Ah se eu soubesse do sacrifício que teria que fazer kkkkk...
Cheguei cedo, um pouco antes do horário (7h), daí entrei, assinei uma folha de chamada e fiquei no pátio esperando. Veio a diretora nos dar boas vindas, nos dar um vale lanche pro dia todo e aquela papagaiada de sempre, depois eu fui na minha seção. Pelo que reparei no pessoal, a maioria absoluta veio de cores neutras, com todo cuidado para não ter uma referência com o mictvm ou com o larápio. Fui de camisa verde musgo, fodace.
Chegando lá, os outros que iam trampar já estavam, eu fui de 2º mesário. Eles já trabalharam em outras eleições, eles já manjavam dos paranauê. O presidente e o 1º mesário eram homens que já se conheciam e se entendiam. A secretária é uma moça, muito bonita, bem vestida, e ao vê-la eu fiquei vocês sabem o quê.
Bom, começou às 8h, minha seção tinha mais véio. A secretária fazia a triagem, eu e o outro maluco procuramos o nome do cidadão no caderno para entregar aquele comprovante de votação e o presidente teclava o número do título naquele tecladinho e pegava a biometria pra liberar a cabine para votar.
No geral foi tudo bem, tirando os problemas de biometria e a fila quilométrica de 1h30/2h pra votar. Teve um cara que chiou porque passaram na frente um maluco que veio antes, deu problema no título e teve que resolver. Teve um outro que brigou porque a mãe não trouxe documento com foto; pelo treinamento que recebemos era exigido, mas depois de muitas conversas o pessoal do cartório falou que a biometria vale. O presidente teve que lidar com isso.
Vou dizer uma coisa: o cara que deu problema é pq ele transferiu temporariamente o título, o tal do voto em trânsito; ele estava no caderno, tudo certinho, só que ao digitar o número do título não ia, foi tentado trocentas vezes digitar o número do título, a urna não liberava para votar. Daí o cara foi reclamar pro pessoal do cartório, os maluco fez umas ligação, depois na hora de tentar liberar a urna para o cidadão votar de novo, o cara conseguiu. Mas aí vem o questionamento: "ah, mas a urna não é ligada à internet" então como conseguiu funcionar a votação do maluco?!? Concluam vocês mesmos.
Com todo o fuzuê que aconteceu, me deu uma crise de ansiedade, tive caganeira, fiquei ali querendo ir embora. Fiquei imaginando eu no lugar do presidente, não conseguiria lidar nem suportar a situação. O maluco do 1º mesário ajudou bem, o cara é ligeiro, eu nem mexi na urna nem no tecladinho no tempo que fiquei. Fiquei com minha cabeça tocando de forma autisticamente autista Boney M - Ma Baker, Fancy - Slice me Nice e a música do Brazino pq tinha um maluco de nome Brasílio kkkkk
De almoço eu comi o lanche do café, depois fui votar. Levei uns 40 minutos neste período. Deu 17h, os gaiato que estavam lá votaram, daí o pessoal foi organizar as coisas e fazer o fechamento da urna. O pessoal estava bem entrosado, eu que fiquei autistando, sem saber o que fazer. Isso me chateia muito.
Sei que devo tocar o foda-se para que os outros pensam, mas acredito que não ficaram com boa impressão de mim. Pelo menos um deles me elogiou que localizava o nome da pessoa bem rápido no caderno. Queria tentar jogar uma conversinha fora com a moçoila, queria elogiar o sapato dela, mas não consegui, não tive brio nem teve momento para tal. Depois de fazer o fechamento, peguei meus kits lanche do almoço e café da tarde e fui embora.
Agora vamos para o 2º turno: mesma coisa, cheguei cedo, fui de camisa preta. Com a mesma equipe do 1º turno, aconteceu toda a mesma coisa do primeiro só que com um porém: UMA TRANQUILIDADE pairou no lugar. Como eram 2 candidatos, a votação foi mais rápida. E tivemos momentos de conversa. Eu sou batata, não falei muita coisa com o pessoal. Mas elogiei o sapato da moça (manginão do carai) e descobri que ela era uma milfaça que faria dvrvm. Mas desencanei da coomerzice de meu cérebro e que nesta atualidade é melhor sempre seguir o seu caminho, o caminho certo é o melhor caminho.
O que posso concluir com tudo isso: não quero mais ser mesário kkkkkk... Esses dias de folga que ganhei eu tenho que dar valor, pois foram muito difíceis. Eu devia desencanar que o povo bostileiro está cada dia mais amacacado, fodido, lobotomizado, viciado em extremos sensoriais e que não gosto de lidar com essa gente, já basta isso no meu trampo. Muitos não tem como ser salvos, nem querem ser salvos. Este mundo não tem mais salvação. Acho que é só, vamos seguir em frente. Um abraço a todos e fiquem bem!