sábado, 28 de abril de 2018

Sobre concursos e minhas técnicas lixosas

Olá, nobres amigos! Finalmente tomei vergonha na cara e parei de requentar post de meu blog antiquíssimo que nem existe mais (ou existe, sei lá), e eu já venho com um post muito mamilo! (Quem se lembra do meme? kkkk)


Pois é, venho falar sobre concursos públicos, amado por uns por ser uma oportunidade do beta entrar no mercado de trabalho por meritocracia (tirando a parte das cotas, mas beleza), odiado por outros por ser um covil de chupins das tetas públicas (eu concordo). Bom, darei minha opinião sobre. E ela se baseia na seguinte questão: você vê essa mania de concursos públicos nos países desenvolvidos? E nos países mais abertos ao mercado, mesmo sendo mais pobres? Então... Tanto é que nos EUA quem trabalha no serviço público é visto por fracassado e tem salários mais baixos comparados ao bostil no quesito qualidade de vida e status.

Mas estamos no cusil, e aqui a banda toca diferente. Nosso salário não vale nada na iniciativa privada, terminamos o ensino superior para ganharmos um barão e meio, 2k. Temos poucas exceções, mas infelizmente a regra é essa. E é aí que entra a esperança do concurso (isso se você não conseguir sair do país antes, nem que seja pra ser peão), de se ter salários melhores e de ter a tão sonhada estabilidade depois dos 03 anos de estágio probatório, no que só não consegue se fazer uma cagada épica.


Os concursos se dividem em 02 níveis. No nível mais baixo, vem os concursos de prefeitura e do estado: poucos cargos que pagam bem e muitos cargos com salários ruins, o que é meu caso. Foi o que eu consegui, sendo auxiliar administrativo e camelar muito na secretaria da alienação cheio de putinhas e balzacas gamers enchendo o saco direto. Ganho 2,3k + VT e VA, o que dá para ter uma vida razoável se você mora com os pais e não tem muitas despesas. Hoje em dia todos os cargos são bem disputados, ou seja, já é bem difícil entrar e é mais "tranquilo" de estudar.

No nível maior temos os concursos federais, os de carreiras policiais, tribunais e fiscais, que pagam um pouco melhor para os cargos baixos e pagam muito bem os cargos altos, como um analista judiciário ou um fiscal da receita. O salário mais baixo fica em torno de 7k para se ter a ideia. Mas a concorrência é absurda, e o tempo de estudo também tem que ser maior. E já digo uma realidade: os cargos pica são para poucos, são para psicopatas que tiveram um preparo foda para ter esse privilégio, em que a maioria dessas pessoas já vem de famílias abastadas.

Temos também os cargos em comissão ou cargos de confiança, em que basta ser amigo de político ou ser filiado do partido da situação e tem salários melhores que os concursados e fazem menos, o que na minha opinião são esses FDP que deviam se foder e que não deve ter esse tipo de cargo. Mas não se esqueçam, aqui é bostil, e essa é uma alternativa válida, se você ter um político como contato você tem chances boas (coisa praticamente impossível para nós, betas).

Agora vem a questão: como estudar? Tem gente que opta pelos cursinhos famosos, como o Estratégia, o Alfacon etc. Eles tem metodologia de estudo e o material é bem condensado, ou seja, mais direto de acordo com cada edital. Se você tem grana e se quiser fazê-los, beleza, eu não sou contra. O soda é você ficar pagando por muito tempo e não passar. Tem também os materiais que você procura na Internet, uma gúgada vc acha muita coisa, outro meio são os grupos de concurseiros no faceboga da vida, eles compartilham materiais e links para você baixar.


Quanto ao estudo em si, como só tenho tempo à noite, uso de 1 a 2 horas por dia e eu estudo uma determinada matéria, ex. direito constitucional. Aí no fim de semana eu aumento essa carga de estudos e faço revisões desta e de outras matérias. É de grande valia ter um caderno para fazer anotações, o que fica mais fácil de revisar nele depois. Eu vejo mais videoaulas do que ler textos em apostilas e PDFs, mas é bom também ler principalmente a lei crua e compreendê-la pelo exemplo passado na videoaula que você anotou em seu caderno.

Lembrando que cada pessoa tem seu método e ritmo, o meu não é 100% infalível, se você puder estudar mais tempo, melhor ainda. Eu só faço isso porque eu fico muito cansado depois do dia e é menos puxado, e mesmo assim tem dias que vacilo feio. O bom disso tudo é moldar o método do seu jeito e segui-lo como um hábito. E aí, qual é o seu? Estou no aguardo de suas opiniões nos comentários, e peço para não esculachar muito (o que é praticamente impossível em se tratando de internet kkkkkkk). Um forte abraço!!!

sábado, 21 de abril de 2018

Um pequeno raio de felicidade

Olá nobres! Beleza? Antes de começar a divagar um pouco eu queria pedir por gentileza para que vocês me enviem temas nos comentários para trabalhar melhor sobre eles. Estou ficando sem criatividade? Talvez, tenho a sensação que o Alzeimer tá batendo na porta, minha mente está ficando beeeem lerda, acho que é de tanto passar nervoso com as coisas, mas estou me acalmando mais ultimamente. É óbvio que o tema que vou falar sobre será minha opinião baseado no que sei, mas é bom deixar o espaço aberto para comentários (ou tretas, sei lá).

Pois é, devagar estamos aí, nesse ritmo alucinantemente louco de nossas vidas. Hoje vou escrever algo sobre futebol. Não, melhor dizendo, algo que tem a ver com futebol, porque não quero que essa discussão se exceda a níveis estratosféricos nem que meu "bróg" seja uma mesa redonda infestada de Chicos Lang, Netos e cia.

Sempre gostei de futebol, apesar de hoje em dia eu não ligar muito, talvez na copa eu acompanhe bem mais... O foda mesmo são esses jogadores de times grandes que ganham fortunas e mesmo assim ficam putinhos por qualquer coisa e a cartolagem que tem esquemas escusos. E essa máfia, aliado ao que o esporte se tornou - uma máquina suja de dinheiro - acaba por denegrir e destruir esse sentimento de felicidade que o futebol nos proporciona; temos como exemplo nossa "amada" Seleção Brasileira (batizada por mim e por muitos de "selenike"), com jogadores importados ou com novas promessas que ficam no balcão esperando a oferta de clubes europeus, enfim, uma seleção escalada por empresários.


Pois bem, esses dias eu vi algo que me deixou empolgado, e infelizmente com esperança de dias melhores. Infelizmente porque sabemos que nada vai mudar na nossa querida humanidade. Mas fiquei feliz com algo simples: hoje eu tive tempo de ver um pouco uma molecadinha, de 6, 7 anos, jogando bola em um campo que tem aqui no bairro. Eu comecei a ver e a me divertir com o jogo. O pessoal corria, driblava, tentava ter a posse da bola, chutava (muitas vezes de forma torta), e aquilo realmente me deixou alegre. Alguns usavam a camisa do time do coração debaixo do colete, e no final todo mundo se reunia, e se davam bem. Saí de ânimo renovado depois de um dia extenuante de trabalho. Mas depois pensei: como o mundo seria melhor se as coisas fossem tão simples. Daí em diante voltei para a realidade...

sábado, 14 de abril de 2018

Morcegar: técnica ou arte?

Olá, pessoas serelepes. Estou meio que requentando alguns textos que já tinha escrito em um blog que tive faz muuuuuito tempo e que foi excluído (eu acho, mas vocês sabem como que são os Googles, Facebooks da vida), pelo motivo de falta de tempo. Eu também estou enrolado para estudar investimentos, parece que tudo conspira contra, porque você tem coisa pra fazer mas seu tempo é curto e que seu trabalho é uma perda de tempo. Mas esse texto é um tanto quanto interessante. É sobre o ato de morcegar. Para quem não sabe, é enrolar, matar o tempo, dar uma espairecida por aí.


Resolvi abordar esse tema porque eu fico pensando nisso desde quando eu comecei minha vida profissional. Comecei trabalhando em um hipermercado, eu era uma pessoa direita (ERA!!!), passava o crachá no horário, ia pro meu posto, tudo numa boa. Mas eu tinha um colega que simplesmente morcegava de forma exemplar. Ele fazia praticamente 2 horas de almoço, claro, passando o crachá no horário correto, que é de uma hora. Quando não, ele vagava pela loja, se escondia no depósito, nas docas. Isso quando estava tranquilo o movimento, ou seja, na maioria das vezes. Depois desse exemplo, eu pensei: "Caralho, como ele consegue?!?"

Então tentei copiá-lo, quando eu queria. Fui repreendido severamente. Mas ele também era repreendido, e fazia mesmo assim. Pô, se tivesse Twitter na época, eu ia xingar muito. Mas o que eu percebi é que ele tem essa habilidade, ou um dom. E depois ficava me questionando: "PQP, como ele consegue E EU NÃO?!?"


Esse ato de morcegar tornou-se uma vertente na minha vida, ainda mais onde vivemos numa sociedade onde é cultivado, e até incentivado dependendo do lugar, essa coisa. O brasileiro nada mais é do que um malandrão, um meninão querendo tirar vantagem de tudo. Vejo que esse ato tem que ser moldado de acordo com o lugar onde você se estabelece ou trabalha. Portanto, era para ter uma ordem lógica. Mas também há a parte humanística da bagaça, que faz com que o enrolador tenha uma certa influência e eficácia nesse ato, ou seja, um alfismo na área. Portanto, é complicado definir bem nosso jeito de enrolar.

Atualmente, eu enrolo quando posso, para tentar me livrar um pouco do tédio e do serviço puxado que cansa a cabeça. Mas tem que ser sob medida, se eu enrolo mais sou repreendido. E o pior é que essas mesmas pessoas que me repreendem, enrolam com um certo glamour, são profissionais. É complicado a pessoa dar o exemplo e você não poder fazer. Mas, como um bom estudante dessa matéria de enrolar, pretendo fazer um TCC, ou uma dissertação, quiçá uma tese sobre essa arte de enrolar. Mas preciso da ajuda de vocês; na sua opinião: morcegar é uma técnica ou arte?

sábado, 7 de abril de 2018

Vergonha e fracasso


Olá nobres mandriões! A falta de tempo me mata, e como prometi pelo menos um post por semana, aí está. Bom, o título diz tudo, tenho vergonha até de escrever sobre a vergonha, mas é nessas horas que temos que ser sem-vergonhas!

Tive essa brilhante ideia porque não conseguia fazer o tal do networking com as pessoas no Linkedin. Eu via os perfis, todos são executivos, gerentes, analistas, diretores, e eu sou, melhor, eu estou naquela classe de quem ganha pouco e se fode muito. Sei que os cargos superiores também se ferram em busca de resultados com prazos mínimos, mas eles ganham muito mais e conseguem se relacionar melhor com o ambiente de trabalho. Tenho opiniões um tanto quanto ácidas, não sou puxa-saco, até porque essa raça vai queimar no espeto do capeta; mas me sinto isolado.

Pois é essa vergonha que eu passei quando vi os perfis, é essa vergonha que passo agora. Para vocês terem ideia do que digo, vejam um perfil qualquer no Linkedin. Você vê as habilidades, as realizações, a experiência da pessoa, enfim, todo o conhecimento adquirido durante a vida profissional. Enquanto isso, eu tenho mais fracassos. Nunca tive sorte, apesar de ter algumas oportunidades. Comecei trabalhando como operador de caixa em um hipermercado, aos 19 anos. DEZENOVE ANOS!!! E pra quem corre atrás de uma colocação desde os 14 é um tapa bem dado no ego.

E depois que eu vi esses perfis, comecei a pensar em meus fracassos, em minhas frustrações, pessoais e profissionais. Fico pensando o quanto eu perdi na minha vida, apesar de ter muita coisa ainda pela frente, mas que eu podia ter aproveitado antes, e abandonei tudo isso justamente por medo de fracassar de novo. Lembrei do episódio do Tela Class na MTV, do Hermes & Renato, "Memórias de um ninja lóki" e tinha o velho, bem no começo do episódio, falando da vida dele, daquele jeito Hermes & Renato de ser:


"Já passei por poucas e boas nessa vida, já me fodi muito, já dei porrada, já tomei muita porrada também, já fui atropelado por um Chevette, já comi travesti, já casei com puta, fui vendedor da Avon, já perdi um rim, já atropelei 5 pessoas no ponto do ônibus, até joguei no Flamengo, já fui taxista, já fui assessor do Collor".

Apesar da vida do maluco ser uma devassidão extrema, só fazendo merda e frequentando a putaria, esse cara, se existisse, conseguiu aprender a viver, com suas vitórias e derrotas. Sei que preciso aproveitar a vida, sei que preciso ter conhecimento, mas acima de tudo, preciso aprender qual é o esquema desse mundo, preciso tentar compreender as pessoas e ver o que errei para tentar acertar depois.

Pelo menos passei em um concurso, continuo sendo nada mas tenho certa estabilidade, se eu não fizer uma cagada grande ou não armarem uma super arapuca, se bem que as duas hipóteses são quase impossíveis de acontecer. É isso por hoje, esse tema é meio duro e difícil de dizer, mas tentei. Comentários e sugestões abaixo. E vamos tocando a vida!