sábado, 19 de maio de 2018

Aperta que sai m#$%&...

Olá! Eu não vou me alongar muito hoje, tive que trabalhar essa manhã, estou meio cansadão. Aliás, isso merece um post de como que é e vejo a secretaria da alienação (aka educação). Vou juntar a inspiração aqui, mas enquanto ela não vem, vai esse post lixo mesmo.

Sei que há várias vezes na vida que sentimos apertados, sufocados por algo ou alguém. E sei que é o motivo para a maioria, ou praticamente para todos nós betas de bem, do fracasso. Esse fracasso é uma grande ferida em nosso ego. Uma dor que, dependendo da pessoa, dói de formas diferentes. E tudo isso por que não sabemos lidar com a pressão, acabamos explodindo para o fracasso e para o medo.

Nossas fobias aumentam de uma forma surpreendente e nos rebaixam à inferioridade. Pra nos recuperarmos, precisamos primeiro enfrentar esses medos dessas situações constrangedoras. E isso é o mais difícil, por que essas situações podem arriscar nossas vidas, por mais simples que sejam devido à humilhações e decepções que vão nos corroendo. Mas se fizer com dedicação, aí vejo que é bom arriscar algumas vezes. Depois disso vem a pressão.

Faça as coisas com calma, com concentração, com dedicação, e não ligue pra que os outros dizem de você. Faça o que tem que ser feito, isso vale até para mim. Se os outros te apertam pra sair merda, você pode fazer, daí vc pega o tolete e jogue no ventilador. Sem medo de errar e de ser feliz. O espaço está aberto para comentários, sejam elogios, críticas ou para mandar eu dar meia hora de bunda mesmo. Fiquem com esse mega hit do nível do saudoso Pobretão de Vida Ruim. Até a próxima!


sábado, 12 de maio de 2018

Lembranças

Olá gente da hora! Estou aqui sem inspiração (kkkkk), mas vou tentar escrever alguma coisa. E vou falar sobre lembranças, tanto as marcadas na mente quanto os objetos que você tem guardado que te puxam algo da memória.

Estava vasculhando algumas coisas aqui no meu quarto e achei muita coisa guardada, desbotada e manchada pelo tempo, e resolvi fuçar um pouco mais e o resultado foi aquele baque de como o tempo passou e de lembrar do que você fez e que não fez na vida, ou seja, você toma aquela agepill fudida.



Quanta coisa achei, pra começar achei dois álbuns daquele chocolate Surpresa, um do fundo do mar e outro do espaço, o que me fez lembrar da barrinha de chocolate. Achei também gibis, alguns poucos sem a capa mas bem conservados, a maioria é da turma da Mônica, e os outros são da Disney (Pato Donald, Zé Carioca e outros) e da Marvel (Wolverine, Capitão América e Homem Aranha), o que hoje em dia eu a xingo (kkkkk é só zoeira, eu simplesmente deixei de ligar). Também achei várias revistas daquela Heróis do Futuro, que falava mais de anime e falava muito de Cavaleiros do Zodíaco.

Encontrei também o canudo do diploma de minha faculdade que eu por ser um beta néscio fiz o favor de torná-la um lixo que no fim das contas ficou inútil na minha vida, e que por sinal vai fazer 10 anos que me formei. Eu sei que hoje em dia faculdade não serve de nada, mas agora eu sei que poderia ter feito melhor e ter me dedicado com mais afinco, o problema é que não tenho uma máquina do tempo. Sou formado em TI e fiz em uma faculdade pública que nem tinha esperança de passar porque estudei só em escola pública com cara de Febem (fundação Casa para os mais novos) cheia de chimpas que querem destruir nós JBPF de bem para se autoafirmar para as putinhas gamers que não eram gamers na época.

Mas também achei coisas pessoais, como o diplominha de que fiz o pré lá em 92, o papel meio manchado mas firme ainda. Achei 2 fitas de vídeo que ia digitalizar mas que por não ter placa de captura eu acabei enrolando. Um deles é o casamento da minha prima, mais ou menos na mesma época das ruas cheias de fusca, gol quadrado, uno e passat, que por sinal hoje em dia se separaram.

Achei também um dos ingressos do SWU que ganhei por acaso em uma balada que acabei indo com os caras do trampo (eu agi como um beta raiz lá, só pra constar), eu até ofereci para uma guria nota 4 que gostava dessas coisas onde eu trabalhava, ela disse que sim mas na hora h deu pra trás. Acabei indo sozinho, fui e voltei exausto, cheio de gente esses lugares.


E acabei achando também uma carta de uma colega de escola que escreveu pra mim. Eu sofria bullying (prefiro chamar de brincadeiras, bullying é muito millenial), eu estava no 1º ou 2º colegial, não lembro bem, e eu chorava com algo mais pesado. E ela escreveu pedindo que eu fosse amigável, que tenho que aceitar a vida, que cresci e que eu tenho que deixar de levar a sério essas brincadeiras. Ela escreveu, assinou com o nome dela, de mais uma piranhona da turma da zoeira e da classe. Apaguei o nome da vadia e da classe e deixei o dela porque era linda, tão linda que tive pouco contato na classe. Mas aí o tempo faz seu trabalho, e hoje em dia ela está gorda. Sinceramente não sei porque guardei isso.

E é isso. É foda você remoer o passado mesmo sabendo que você não pode mais, ele é uma âncora para o seu futuro que deve ser removido, mas ele fez ser o que somos. Fiquei lembrando de coisas que não fiz por falta de coragem e que agora estou tentando ir atrás com os fardos e os danos que carrego. Você tem alguma lembrança? Comente abaixo. Eu não sei se escrevi bem, se tem erros, mas tentei fazer isso aqui de uma forma que eu me deixei levar. Um abraço e até mais!

sábado, 5 de maio de 2018

Atualização Patrimonial Abril/2018 + ladainhas

Olá, nobres amigos. Esse mês passei muitas emoções (muitas negativas), mas sobrevivi. Sem mais delongas, Vamos ao que interessa:


Tipo Valor
Poupança 01 R$ 10.240,51
Poupança 02 R$ 5.247,99
Conta Corrente R$ 2.597,16
Tesouro Selic 2023 R$ 8.136,10
Preso no HB R$ 10.000,00
Total: R$ 36.221,76

Rendimento no período: +0,18%


Eu li as dicas passadas para saber onde eu posso guardar, agradeço pelas dicas, mas não apliquei na prática por falta de tempo. Estou dividido entre o CDB e colocar tudo em uma poupança, tanto é que a única coisa que fiz foi tirar grana da conta corrente pra por na corretora e não o investi ainda, pra você ver o quanto sou desajeitado com essas coisas.

Pensei também em investir em criptos, mas depois de ver que o bitcoin subiu de novo, fiquei um poucos chateado, mas também fico com um pé atrás por ele ser especulação.

Podia ser mais, mas tá bom, tive bastante conta, desse mês em diante fico mais aliviado. Não sei se estou fazendo certo para divulgar a carteira, parece que é fácil mexer em blog mas não é aquele mar de rosas.

Trabalho: Passei uns perrengues neste mês por ser um néscio que tem dificuldade maior de pegar as coisas, mas de resto vou fazendo o trampo em ritmo de tartaruga, não só por que quero, mas por gente aparecer o tempo todo, telefone tocando etc., muita encheção de saco, principalmente de colheres que simplesmente tem o ego nas alturas e tudo tem que ser do jeitinho delas, e normalmente quem é mais cocôzinho que nem elas aí é que acontece mais merdas, que sempre sobram pro lado mais fraco. E quando aparece algum tempo livre, aí fica bom de se aproveitar, fico pensando "ah, seria bom se fosse assim todo dia".

Vida e Hobbies: Não mudou muita coisa, fico em minha choupana tentando pegar firme no estudo dos concursos e do inglês, de vez em quando faço uma caminhada para desestressar um pouco.

Então é isso. Um abraço a todos, fiquem bem e vida que segue. Ah, antes deixa eu dar uma dica de série que tá passando no youtoba, Cobra Kai, a continuação do Karatê Kid, não vou dar muito spoiler e os 02 primeiros episódios são de graça. Agora sim, um abraço!


sábado, 28 de abril de 2018

Sobre concursos e minhas técnicas lixosas

Olá, nobres amigos! Finalmente tomei vergonha na cara e parei de requentar post de meu blog antiquíssimo que nem existe mais (ou existe, sei lá), e eu já venho com um post muito mamilo! (Quem se lembra do meme? kkkk)


Pois é, venho falar sobre concursos públicos, amado por uns por ser uma oportunidade do beta entrar no mercado de trabalho por meritocracia (tirando a parte das cotas, mas beleza), odiado por outros por ser um covil de chupins das tetas públicas (eu concordo). Bom, darei minha opinião sobre. E ela se baseia na seguinte questão: você vê essa mania de concursos públicos nos países desenvolvidos? E nos países mais abertos ao mercado, mesmo sendo mais pobres? Então... Tanto é que nos EUA quem trabalha no serviço público é visto por fracassado e tem salários mais baixos comparados ao bostil no quesito qualidade de vida e status.

Mas estamos no cusil, e aqui a banda toca diferente. Nosso salário não vale nada na iniciativa privada, terminamos o ensino superior para ganharmos um barão e meio, 2k. Temos poucas exceções, mas infelizmente a regra é essa. E é aí que entra a esperança do concurso (isso se você não conseguir sair do país antes, nem que seja pra ser peão), de se ter salários melhores e de ter a tão sonhada estabilidade depois dos 03 anos de estágio probatório, no que só não consegue se fazer uma cagada épica.


Os concursos se dividem em 02 níveis. No nível mais baixo, vem os concursos de prefeitura e do estado: poucos cargos que pagam bem e muitos cargos com salários ruins, o que é meu caso. Foi o que eu consegui, sendo auxiliar administrativo e camelar muito na secretaria da alienação cheio de putinhas e balzacas gamers enchendo o saco direto. Ganho 2,3k + VT e VA, o que dá para ter uma vida razoável se você mora com os pais e não tem muitas despesas. Hoje em dia todos os cargos são bem disputados, ou seja, já é bem difícil entrar e é mais "tranquilo" de estudar.

No nível maior temos os concursos federais, os de carreiras policiais, tribunais e fiscais, que pagam um pouco melhor para os cargos baixos e pagam muito bem os cargos altos, como um analista judiciário ou um fiscal da receita. O salário mais baixo fica em torno de 7k para se ter a ideia. Mas a concorrência é absurda, e o tempo de estudo também tem que ser maior. E já digo uma realidade: os cargos pica são para poucos, são para psicopatas que tiveram um preparo foda para ter esse privilégio, em que a maioria dessas pessoas já vem de famílias abastadas.

Temos também os cargos em comissão ou cargos de confiança, em que basta ser amigo de político ou ser filiado do partido da situação e tem salários melhores que os concursados e fazem menos, o que na minha opinião são esses FDP que deviam se foder e que não deve ter esse tipo de cargo. Mas não se esqueçam, aqui é bostil, e essa é uma alternativa válida, se você ter um político como contato você tem chances boas (coisa praticamente impossível para nós, betas).

Agora vem a questão: como estudar? Tem gente que opta pelos cursinhos famosos, como o Estratégia, o Alfacon etc. Eles tem metodologia de estudo e o material é bem condensado, ou seja, mais direto de acordo com cada edital. Se você tem grana e se quiser fazê-los, beleza, eu não sou contra. O soda é você ficar pagando por muito tempo e não passar. Tem também os materiais que você procura na Internet, uma gúgada vc acha muita coisa, outro meio são os grupos de concurseiros no faceboga da vida, eles compartilham materiais e links para você baixar.


Quanto ao estudo em si, como só tenho tempo à noite, uso de 1 a 2 horas por dia e eu estudo uma determinada matéria, ex. direito constitucional. Aí no fim de semana eu aumento essa carga de estudos e faço revisões desta e de outras matérias. É de grande valia ter um caderno para fazer anotações, o que fica mais fácil de revisar nele depois. Eu vejo mais videoaulas do que ler textos em apostilas e PDFs, mas é bom também ler principalmente a lei crua e compreendê-la pelo exemplo passado na videoaula que você anotou em seu caderno.

Lembrando que cada pessoa tem seu método e ritmo, o meu não é 100% infalível, se você puder estudar mais tempo, melhor ainda. Eu só faço isso porque eu fico muito cansado depois do dia e é menos puxado, e mesmo assim tem dias que vacilo feio. O bom disso tudo é moldar o método do seu jeito e segui-lo como um hábito. E aí, qual é o seu? Estou no aguardo de suas opiniões nos comentários, e peço para não esculachar muito (o que é praticamente impossível em se tratando de internet kkkkkkk). Um forte abraço!!!

sábado, 21 de abril de 2018

Um pequeno raio de felicidade

Olá nobres! Beleza? Antes de começar a divagar um pouco eu queria pedir por gentileza para que vocês me enviem temas nos comentários para trabalhar melhor sobre eles. Estou ficando sem criatividade? Talvez, tenho a sensação que o Alzeimer tá batendo na porta, minha mente está ficando beeeem lerda, acho que é de tanto passar nervoso com as coisas, mas estou me acalmando mais ultimamente. É óbvio que o tema que vou falar sobre será minha opinião baseado no que sei, mas é bom deixar o espaço aberto para comentários (ou tretas, sei lá).

Pois é, devagar estamos aí, nesse ritmo alucinantemente louco de nossas vidas. Hoje vou escrever algo sobre futebol. Não, melhor dizendo, algo que tem a ver com futebol, porque não quero que essa discussão se exceda a níveis estratosféricos nem que meu "bróg" seja uma mesa redonda infestada de Chicos Lang, Netos e cia.

Sempre gostei de futebol, apesar de hoje em dia eu não ligar muito, talvez na copa eu acompanhe bem mais... O foda mesmo são esses jogadores de times grandes que ganham fortunas e mesmo assim ficam putinhos por qualquer coisa e a cartolagem que tem esquemas escusos. E essa máfia, aliado ao que o esporte se tornou - uma máquina suja de dinheiro - acaba por denegrir e destruir esse sentimento de felicidade que o futebol nos proporciona; temos como exemplo nossa "amada" Seleção Brasileira (batizada por mim e por muitos de "selenike"), com jogadores importados ou com novas promessas que ficam no balcão esperando a oferta de clubes europeus, enfim, uma seleção escalada por empresários.


Pois bem, esses dias eu vi algo que me deixou empolgado, e infelizmente com esperança de dias melhores. Infelizmente porque sabemos que nada vai mudar na nossa querida humanidade. Mas fiquei feliz com algo simples: hoje eu tive tempo de ver um pouco uma molecadinha, de 6, 7 anos, jogando bola em um campo que tem aqui no bairro. Eu comecei a ver e a me divertir com o jogo. O pessoal corria, driblava, tentava ter a posse da bola, chutava (muitas vezes de forma torta), e aquilo realmente me deixou alegre. Alguns usavam a camisa do time do coração debaixo do colete, e no final todo mundo se reunia, e se davam bem. Saí de ânimo renovado depois de um dia extenuante de trabalho. Mas depois pensei: como o mundo seria melhor se as coisas fossem tão simples. Daí em diante voltei para a realidade...

sábado, 14 de abril de 2018

Morcegar: técnica ou arte?

Olá, pessoas serelepes. Estou meio que requentando alguns textos que já tinha escrito em um blog que tive faz muuuuuito tempo e que foi excluído (eu acho, mas vocês sabem como que são os Googles, Facebooks da vida), pelo motivo de falta de tempo. Eu também estou enrolado para estudar investimentos, parece que tudo conspira contra, porque você tem coisa pra fazer mas seu tempo é curto e que seu trabalho é uma perda de tempo. Mas esse texto é um tanto quanto interessante. É sobre o ato de morcegar. Para quem não sabe, é enrolar, matar o tempo, dar uma espairecida por aí.


Resolvi abordar esse tema porque eu fico pensando nisso desde quando eu comecei minha vida profissional. Comecei trabalhando em um hipermercado, eu era uma pessoa direita (ERA!!!), passava o crachá no horário, ia pro meu posto, tudo numa boa. Mas eu tinha um colega que simplesmente morcegava de forma exemplar. Ele fazia praticamente 2 horas de almoço, claro, passando o crachá no horário correto, que é de uma hora. Quando não, ele vagava pela loja, se escondia no depósito, nas docas. Isso quando estava tranquilo o movimento, ou seja, na maioria das vezes. Depois desse exemplo, eu pensei: "Caralho, como ele consegue?!?"

Então tentei copiá-lo, quando eu queria. Fui repreendido severamente. Mas ele também era repreendido, e fazia mesmo assim. Pô, se tivesse Twitter na época, eu ia xingar muito. Mas o que eu percebi é que ele tem essa habilidade, ou um dom. E depois ficava me questionando: "PQP, como ele consegue E EU NÃO?!?"


Esse ato de morcegar tornou-se uma vertente na minha vida, ainda mais onde vivemos numa sociedade onde é cultivado, e até incentivado dependendo do lugar, essa coisa. O brasileiro nada mais é do que um malandrão, um meninão querendo tirar vantagem de tudo. Vejo que esse ato tem que ser moldado de acordo com o lugar onde você se estabelece ou trabalha. Portanto, era para ter uma ordem lógica. Mas também há a parte humanística da bagaça, que faz com que o enrolador tenha uma certa influência e eficácia nesse ato, ou seja, um alfismo na área. Portanto, é complicado definir bem nosso jeito de enrolar.

Atualmente, eu enrolo quando posso, para tentar me livrar um pouco do tédio e do serviço puxado que cansa a cabeça. Mas tem que ser sob medida, se eu enrolo mais sou repreendido. E o pior é que essas mesmas pessoas que me repreendem, enrolam com um certo glamour, são profissionais. É complicado a pessoa dar o exemplo e você não poder fazer. Mas, como um bom estudante dessa matéria de enrolar, pretendo fazer um TCC, ou uma dissertação, quiçá uma tese sobre essa arte de enrolar. Mas preciso da ajuda de vocês; na sua opinião: morcegar é uma técnica ou arte?

sábado, 7 de abril de 2018

Vergonha e fracasso


Olá nobres mandriões! A falta de tempo me mata, e como prometi pelo menos um post por semana, aí está. Bom, o título diz tudo, tenho vergonha até de escrever sobre a vergonha, mas é nessas horas que temos que ser sem-vergonhas!

Tive essa brilhante ideia porque não conseguia fazer o tal do networking com as pessoas no Linkedin. Eu via os perfis, todos são executivos, gerentes, analistas, diretores, e eu sou, melhor, eu estou naquela classe de quem ganha pouco e se fode muito. Sei que os cargos superiores também se ferram em busca de resultados com prazos mínimos, mas eles ganham muito mais e conseguem se relacionar melhor com o ambiente de trabalho. Tenho opiniões um tanto quanto ácidas, não sou puxa-saco, até porque essa raça vai queimar no espeto do capeta; mas me sinto isolado.

Pois é essa vergonha que eu passei quando vi os perfis, é essa vergonha que passo agora. Para vocês terem ideia do que digo, vejam um perfil qualquer no Linkedin. Você vê as habilidades, as realizações, a experiência da pessoa, enfim, todo o conhecimento adquirido durante a vida profissional. Enquanto isso, eu tenho mais fracassos. Nunca tive sorte, apesar de ter algumas oportunidades. Comecei trabalhando como operador de caixa em um hipermercado, aos 19 anos. DEZENOVE ANOS!!! E pra quem corre atrás de uma colocação desde os 14 é um tapa bem dado no ego.

E depois que eu vi esses perfis, comecei a pensar em meus fracassos, em minhas frustrações, pessoais e profissionais. Fico pensando o quanto eu perdi na minha vida, apesar de ter muita coisa ainda pela frente, mas que eu podia ter aproveitado antes, e abandonei tudo isso justamente por medo de fracassar de novo. Lembrei do episódio do Tela Class na MTV, do Hermes & Renato, "Memórias de um ninja lóki" e tinha o velho, bem no começo do episódio, falando da vida dele, daquele jeito Hermes & Renato de ser:


"Já passei por poucas e boas nessa vida, já me fodi muito, já dei porrada, já tomei muita porrada também, já fui atropelado por um Chevette, já comi travesti, já casei com puta, fui vendedor da Avon, já perdi um rim, já atropelei 5 pessoas no ponto do ônibus, até joguei no Flamengo, já fui taxista, já fui assessor do Collor".

Apesar da vida do maluco ser uma devassidão extrema, só fazendo merda e frequentando a putaria, esse cara, se existisse, conseguiu aprender a viver, com suas vitórias e derrotas. Sei que preciso aproveitar a vida, sei que preciso ter conhecimento, mas acima de tudo, preciso aprender qual é o esquema desse mundo, preciso tentar compreender as pessoas e ver o que errei para tentar acertar depois.

Pelo menos passei em um concurso, continuo sendo nada mas tenho certa estabilidade, se eu não fizer uma cagada grande ou não armarem uma super arapuca, se bem que as duas hipóteses são quase impossíveis de acontecer. É isso por hoje, esse tema é meio duro e difícil de dizer, mas tentei. Comentários e sugestões abaixo. E vamos tocando a vida!